"Embora a sua produção pictórica conte com apenas 200 obras de arte , a verdade é que a sua imagem, a sua vida e a sua obra suscitam grande curiosidade e profunda admiração um pouco por toda a parte."
Josefina García Hernandez, in Roteiro da exposição no CCB
Ontem fui ao CCB ver a exposição de Frida Kahlo, aproveitei estar para aqueles lados de Belém, que me são sempre prazenteiros, devo dizer, comi um pastel, olhei para o Mosteiro dos Jerónimos, para o rio. Mas adiante. Fui à exposição.
Fui à exposição e saí de lá em silêncio. Porque olhei com olhos de ver e mais do que olhar, senti. E cada quadro, uns melhores que outros, porque somos todos humanos acima de tudo, transborda vida. E a vida de Frida Kahlo (e a nossa também) foram momentos bons e momentos maus, tempos de dor e angústia, anos de amor e alegria, mas sobretudo muita coragem para enfrentar tudo isto (porque também é preciso coragem para ser feliz). Por entre a poliomielite, um acidente de viação, que a deixa lesada para o resto da vida, um amor maior do que a Terra cheio de altos e baixos por estar cheio de paixão (e a paixão não é a coisa mais saudável do mundo, já o sabemos), três abortos dificultando o grande desejo de ser mãe (e que nunca conseguiu concretizar), Frida foi pintando e cada pincelada, cada tonalidade escolhida nunca foi por acaso.
São quadros que se vêem, que se tocam, que se ouvem, que se cheiram. E que falam connosco. Mexem com os cinco sentidos.
Ia deixar aqui os meus quadros preferidos mas não o faço, se ficaram realmente interessados vão ao CCB (até ao dia 21 de Maio) para que se sintam realmente tocados pela obra e pela vida de Frida Kahlo.
"Sinto-me mal, e ficarei pior, mas vou aprendendo a estar sozinha e isso já é uma vantagem e um pequeno triunfo." Frida Kahlo
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