[Tenho alguns textos guardados, coisas que escrevi e eram demasiado francas, falsas, falaciosas - ai como eu gosto de aliterações-, pretensiosas, ou simplesmente mal-escritas para publicá-las aqui. Hoje reli este texto, de Julho deste ano, e decidi que era publicável. Cá vai.]
Queria explicar-te
olhos nos olhos
o que se passa comigo, queria dizer-te
as minhas mãos nas tuas
que sinto, que dentro de mim pulsa, enquanto cresce, uma vontade enorme de te abraçar e de te levar para longe.
Mas não sei definir bem onde começa e onde acaba, se é que o faz, nem sei se é bom ou mau, se é que tem de ser alguma coisa. E sou incapaz de impôr o meu ritmo, de estabelecer as tuas prioridades baseando-me nas minhas, que tipo de egoísmo seria esse?
Reconhecer as tuas necessidades e compreendê-las parece-me às vezes tão difícil, mas quando tento olhar para dentro de ti,
tenho uma só certeza
que simplesmente não estás disponível,
tens pó e teias por limpar no teu sótão emocional
e apetece-me estar por perto para garantir-te que estou ao teu lado e é uma faca de dois gumes, sabes? porque ao mesmo tempo quero garantir a mim mesma que ainda não preciso de ti
quando tenho a certeza que preciso.
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