But freedom is just another word
When you've noone left to hurt.
Spiritualized :: Soul on fire
P.S. Isto dá num anúncio da VW. Está bem que é o meu carro favorito e tal; mas Spiritualized e VW não faz sentido em lado nenhum.
(É como quando dá a Mistaken for Strangers dos National na Fox.)
30.11.08
Tounka
Discover Rokia Traoré!
Rokia Traoré!
(Estava só a testar a incorporação do Deezer. Acho um leitor um pouco feio.)
Silêncio.
Não gosto do silêncio; detesto, aliás, e nunca gostei.
Primeiro, foi o medo de não saber o que aquilo é: a sensação absurda de que estou sempre a ouvir um zumbido, um som surdo de origem incerta. Isso cresceu em mim, aos poucos, foi-se tornando uma aversão ao iminente risco de darem por desaparecidas as conversas, as canções e as notícias da telefonia e de se instalar o tom ameaçador das tonalidades que passam a fazer um barulho ensurdecedor quando substituem o ruído numa sala vazia.
(Sou indissociável da música por isso, porque fielmente cala o silêncio.)
Depois, foi e ainda é o medo de me ouvir demasiado alto. De acabar por falar só, entregue às horas solitárias e às recordações barulhentas, o timbre da minha voz inflectido nas esquinas da sala atingindo-me como setas.
Reconhecer a minha voz, verificar que ninguém me responde, confirmar que estou sozinha.
Primeiro, foi o medo de não saber o que aquilo é: a sensação absurda de que estou sempre a ouvir um zumbido, um som surdo de origem incerta. Isso cresceu em mim, aos poucos, foi-se tornando uma aversão ao iminente risco de darem por desaparecidas as conversas, as canções e as notícias da telefonia e de se instalar o tom ameaçador das tonalidades que passam a fazer um barulho ensurdecedor quando substituem o ruído numa sala vazia.
(Sou indissociável da música por isso, porque fielmente cala o silêncio.)
Depois, foi e ainda é o medo de me ouvir demasiado alto. De acabar por falar só, entregue às horas solitárias e às recordações barulhentas, o timbre da minha voz inflectido nas esquinas da sala atingindo-me como setas.
Reconhecer a minha voz, verificar que ninguém me responde, confirmar que estou sozinha.
That's love, right there.
Bon Iver :: Blood Bank (do EP Blood Bank, algures a 20 de Janeiro de 2009)
You said it's just like a present
To keep showing up like this
As the moon started to crescent
We started to kiss
I said I know it well
That secret that you know
But you don't know how to tell
I'm in love with your honor
I'm in love with your cheeks
What's that noise up the stairs babe?
Is that Christmas morning?
I know it well.
23.11.08
12.11.08
"No tempo em que festejavam o dia dos meus anos eu era feliz e ninguém estava morto."
O ano passado, entre o dia 17 e o dia 18 de Novembro, eu estava no backstage da sala Apollo, em Barcelona. Com os National, a cumprimentá-los, a trocar mails, a beber vinho branco e cerveja a dizer "my birthday's in five minutes or so, coming here was a birthday gift from my parents" e eles, à meia-noite "happy birthday" (eles não, os gémeos, enquanto autografam a meia dúzia de singles que comprei como se fossem pãezinhos, "este para o Dário!", "este para mim!", este para o Mário!", etc.).
Depois disso, atravessámos a rua e fomos bater a um barzinho apertado, com uma dijéia que passou a Have love will travel dos Sonics, que eu tinha passado o dia a cantar pelas Ramblas. E, ainda mais tarde, eu e a Tânia passámos um frio de rachar na fila do Razz para ver um set do Diplo, que acabou perto das seis e meia com a Paper Planes da M.I.A..
Acordei às onze com telefonemas da família e descubro que:
1) Na cama do hostel não tenho rede;
2) Estou completamente afónica e ninguém me ouve.
Fomos passear pelo Bairro Gótico e Born, à procura de um sítio qualquer para tomar o pequeno almoço (e de uma farmácia, onde comprei o equivalente catalão à Mebocaína), passámos pelo Jardim Botânico, por uma praça enorme onde estava gente de todas as idades a dançar aos pares dança de salão, atravessámos a Avenida Diágonal e, quando demos por nós, estávamos no Passeig de Grácia, à frente da Casa Battló, que tivemos de visitar apesar de não podermos entrar na parte do apartamento.
Depois cantámo-nos os parabéns com um donut da Dunkin' e café e sumo de laranja para a voz melhorar. Encontrámo-nos todos perto da praça Orwell, jantámos num restaurante de inspiração africana e eles foram ver Gogol Bordello.
Eu atravessei as Ramblas sozinha e entrei no Metro para ir até à Gràcia (ou Eixample?), onde me encontrei com o André, o meu primeiro amigo emigrante, e a Isabel, para cerveja num bar cubano, no bairro deles. A caminho do bar, aparentemente, passamos numa rua chamada Ramón y Cajal, o mais importante neurofisiologista do mundo (foi quem descreveu pela primeira vez o neurónio como célula básica do sistema nervoso, e era Espanhol, como o nome indica).
Este ano, exactamente no mesmo dia, vou estar a estudar, com vontade de matar alguém.
Karma karma karma karma karma chameleoooon.
Depois disso, atravessámos a rua e fomos bater a um barzinho apertado, com uma dijéia que passou a Have love will travel dos Sonics, que eu tinha passado o dia a cantar pelas Ramblas. E, ainda mais tarde, eu e a Tânia passámos um frio de rachar na fila do Razz para ver um set do Diplo, que acabou perto das seis e meia com a Paper Planes da M.I.A..
Acordei às onze com telefonemas da família e descubro que:
1) Na cama do hostel não tenho rede;
2) Estou completamente afónica e ninguém me ouve.
Fomos passear pelo Bairro Gótico e Born, à procura de um sítio qualquer para tomar o pequeno almoço (e de uma farmácia, onde comprei o equivalente catalão à Mebocaína), passámos pelo Jardim Botânico, por uma praça enorme onde estava gente de todas as idades a dançar aos pares dança de salão, atravessámos a Avenida Diágonal e, quando demos por nós, estávamos no Passeig de Grácia, à frente da Casa Battló, que tivemos de visitar apesar de não podermos entrar na parte do apartamento.
Depois cantámo-nos os parabéns com um donut da Dunkin' e café e sumo de laranja para a voz melhorar. Encontrámo-nos todos perto da praça Orwell, jantámos num restaurante de inspiração africana e eles foram ver Gogol Bordello.
Eu atravessei as Ramblas sozinha e entrei no Metro para ir até à Gràcia (ou Eixample?), onde me encontrei com o André, o meu primeiro amigo emigrante, e a Isabel, para cerveja num bar cubano, no bairro deles. A caminho do bar, aparentemente, passamos numa rua chamada Ramón y Cajal, o mais importante neurofisiologista do mundo (foi quem descreveu pela primeira vez o neurónio como célula básica do sistema nervoso, e era Espanhol, como o nome indica).
Este ano, exactamente no mesmo dia, vou estar a estudar, com vontade de matar alguém.
Karma karma karma karma karma chameleoooon.
7.11.08
Não sei se se lembram do que foi isso do Festival Radar de há dois anos
Outono de 2006.
Anunciam a Cat Power em Dezembro.
Yo La Tengo.
Stuart Staples (o único do raio do festival que não fui ver porque tinha-o visto em Maio desse ano).
Lisa Germano.
Oportunamente, anunciam um Festival com o nome da rádio que passa estas coisas e que, ai que curioso, é da mesma empresa que a Música no Coração e informam igualmente que não existe bilhete único.
Gastei 70 euros por quatro dias e três concertos. E era quase Natal.
(Note-se que nada tenho contra a Radar.)
Anunciam a Cat Power em Dezembro.
Yo La Tengo.
Stuart Staples (o único do raio do festival que não fui ver porque tinha-o visto em Maio desse ano).
Lisa Germano.
Oportunamente, anunciam um Festival com o nome da rádio que passa estas coisas e que, ai que curioso, é da mesma empresa que a Música no Coração e informam igualmente que não existe bilhete único.
Gastei 70 euros por quatro dias e três concertos. E era quase Natal.
(Note-se que nada tenho contra a Radar.)
Coisas mesmo parvinhas que passam pela cabeça enquanto se estuda
Lykke Li | Little bit
E eu não gostei disto na primeira vez que ouvi, longe vai o fim da estação fria. E esta nem é a melhor música do álbum, provavelmente, mas é a que tem a letra mais coiso.
Certeira, pois.
Bom, e agora inventam um festival à festival Radar de há dois anos (ai Música no coração, como vos amo) em que para ver a moça, preciso de, entre diversas coisas, prescindir de ver coisas e pagar um bilhete provavelmente ao preço de quem não prescinde de ver nada, só para vê-la. No Last.fm o evento já mudou, passou de Lykke Li - lê-se lúcali, embora eu insista em ler laiqueli - para qualquer coisa em stock ou lá o que é.
Que raiva.
Certeira, pois.
Bom, e agora inventam um festival à festival Radar de há dois anos (ai Música no coração, como vos amo) em que para ver a moça, preciso de, entre diversas coisas, prescindir de ver coisas e pagar um bilhete provavelmente ao preço de quem não prescinde de ver nada, só para vê-la. No Last.fm o evento já mudou, passou de Lykke Li - lê-se lúcali, embora eu insista em ler laiqueli - para qualquer coisa em stock ou lá o que é.
Que raiva.
2.11.08
Crappy newsflash
Crappy hair, crappy lips (literally), crappy dark circles under eyes, shitty face, still coming back tomorrow.
Just a crappy human being on a plane. Nothing to see here, people!
Just a crappy human being on a plane. Nothing to see here, people!
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