31.12.08

Perdas de tempo.

Acabo de ver um caso antigo feito de boa conversa de engate e ainda melhor cama. Isto deu-se há coisa de três anos, no Verão de 2005, e o aniversário da estreia do excelente sexo é precisamente hoje, hoy, today, aujourd'hui. Pensava que nunca mais o veria: é de Coimbra, estava cá em trabalho e no Verão passado ter-me-ia dito, num encontro ocasional, que se ia mudar para Lisboa (cidade onde, já eu sabia de antemão, frequentaríamos locais absolutamente díspares). Lembro-me de ter ficado apanhadíssima, eu miúda, indefesa, inexperiente, rendida ao paleio fácil de quem me queria levar para a cama mas levava-me a pensar que estaria a viver uma belíssima história de amor. Encontros à socapa antes do comboio ao fim de semana, vindas mais frequentes à Madeira sem explicar porquê, mensagens e telefonemas constantes. Lembro-me bem de tudo, até de quando ele disse que seria incapaz de ter uma relação desde a última vez que tinha estado para casar com uma rapariga qualquer lá da cidade dele.

Hoje ele mostrou-me por a mais b que tinha uma relação e que estava feliz. A mesma relação que foi incapaz de assumir comigo. (Ainda que me prometesse um telefonema em Lisboa e languidamente dissesse "gostei muito de te ver, quero ver-te de novo". Eu não quero vê-lo de novo.)

Hoje, através deste ente que à distância pouco ou nada importou, percebi duas coisas:

Não posso ter casos, relações desligadas e/ ou abertas. Não tenho essa frieza, ligo-me emocionalmente à pessoa a quem me dou, invariavelmente.

Ou escolho muito mal homens, ou sadicamente gosto mesmo de histórias complicadas, ou simplesmente tenho péssimos timings para estabelecer uma relação.

Espero acertar desta vez. Só desta, por fim.

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