Porque reside na insensibilidade dos Homens a insegurança dos angustiados, porque quando olhava o Tejo no comboio, evitando chorar, descobri que podia ilibar-me da culpa de te desejar, porque é o passado de um povo que o sentencia e o passado do meu cruzou-se com reis e rainhas e amores de perdição.
Com a insensibilidade dos Homens revelou-se-me a destreza do Engano, ele próprio um engano de si mesmo por poder ser a verdade camuflada em mais enganos e lapsos voluntários. Eu própria, cansada de ti, pensava eu, em engano, afinal os meus vazios estão preenchidos pela plenitude que me trazes.
Desde a insensibilidade dos Homens que cada passo que dou parece pesar o decorrer dos anos, a dor dos vivos, a ausência dos mortos.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment