O meu corpo sentiu a tua presença hoje porque finalmente pude respirar fundo e absorver o ar frio transpirado pelos dias cada vez mais curtos. O amanhecer às 7 da manhã foi recebido com um arrepio: apesar da luz brilhante que aquecia o céu azul, o sol arrefeceu a casa do meu amigo, arrefecendo também a conversa inflamada sobre orgulho e justiça e moral(idade).
Chegaste há tempo mas só agora te aceitei, Outono, por isso faz-me companhia nestes dias breves mas sós que se avizinham. Tu e este cd fantástico com todas as músicas publicadas pelos Belle & Sebastian (presente mais que generoso de um amigo meu). E agora que já nos entendemos, Outono, posso começar a contar os dias para o meu aniversário, fazer listas de convidados para uma festa (nem que seja para actualizar mentalmente quem são os meus amigos), pensar em presentes que gostava de receber e, sobretudo, começar a tortura (que dura até ao fim do ano) dos balanços: o que é que eu fiz, o que estou a fazer, o que quero mudar, o que mudei, o que consegui, o que está por alcançar. Talvez também chore quando precisar mas a verdade é que a percepção que tenho de mim agora, é, estranhamente, de tranquilidade.
E comer castanhas.
Já agora, achas que o orgulho pessoal deve ser impedimento para viver a vida e aproveitá-la ao máximo?
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