Ultimamente anda tudo a falar de techno. Não sei porquê - nem percebo o suficiente para apontar teorias - mas a verdade é que na mailing list da FLUR , entre os três discos mais vendidos, contavam-se dois de techno (Pantha du Prince e The Field) - sendo o outro de remisturas do Lindstrom.
(Não que uma mailing list seja reflexo de seja o que for, muito menos de uma nova moda - para não usar a palavra hype -, mas é uma boa forma de ver como, numa loja com uma oferta tão variada e com uma clientela eclética e de gosto sofisticado, anda tudo a comprar discos de techno. A própria Pitchfork já vai falando, aqui e ali, de techno - e é uma webzine indie.)
Eu própria torcia o nariz ao techno. Achava que era aquilo que o meu primo que mora comigo ouvia - e fazia a minha casa se tornar uma loja em franchise da Bershka, em que ninguém se entendia, se ouvia ou se fazia perceber. Ainda hoje não sei bem o aquilo que ele ouve é techno, porque continuo sem conseguir perceber qual é o gozo daquilo, que nem me lembra música.
A verdade é que, pelos vistos, eu gosto de techno. Não que ande aí doida à caça de novidades, mas a pessoa que é pessoa tem informadores e olheiros - e não é que detudo aquilo que me mostram, eu vou, mais ou menos dependendo do caso, gostando? Pior, viciei-me numa música do Pantha du Prince e todos os dias venho ao myspace dele ouvir a Saturn Strobe.
Mas há mais coisas boas, Gui Boratto, Matthew Dear/ Audion, The Field, Efdemin.
Eu gostei muito do disco do Matthew Dear e do que ouvi de The Field. Eu não percebo mesmo nada disto, mas devo dizer que foi uma surpresa haver canções - com estrutura para tal - na música techno. Sempre a aprender: no fundo, a palavra techno deixou de me assustar.
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