15.2.08

Honestamente, estou-me nas tintas para o dia dos namorados.

Uma vez, em conversa, coiso disse que namorar não era ir ao cinema ou ter companhia ao final do dia. A frase não me era dirigida, mas afinei o ouvido. Ele continuou: "namorar não é um telefonema de duas horas, nem oferecer presentes caros."

Reconhece-se-lhe o dogma característico de coiso - as suas típicas verdades absolutas e incontestáveis, sobre os pilares frágeis da sua credulidade -mas não consigo não concordar, se olhar para além dos detalhes, se ler nas entrelinhas: o que é afinal namorar?

Namorar é desfrutar, é providenciar felicidade, para depois recebê-la. É claro que tudo aquilo pode estar incluído (e tantas vezes está e é bem bom, não o nego) mas viver um namoro, estar-se apaixonado tem de ser mais. Quantas vezes a relação cai na monotonia do telefonema de duas horas antes de se encontrar depois do trabalho para ir ao cinema? (Nada contra desde que o programa não seja por comodismo barato.)

Tudo isto para acrescentar que não sei o que é namorar - vai-se definindo a cada dia, a dois, e se renovando a cada segundo mas permito-me acrescentar, hoje, dia 15 de Fevereiro de 2008, que:

Namorar também é não celebrar o dia de S.Valentim.

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