É o meu sangue que te procura, que te sente a falta. É ele que se escapa pela incisão no peito que desferiste sem piedade, há tanto tempo que não me chegam os dedos ou calendários para o contar. Eu anémica, alva, toilette composta de fio de sangue que já fora mais vivo, hoje violeta, sem ar.
Não sei se és tu que me manténs assim, em ferida aberta sangrante à tua espera, ainda rasto de seiva rubra em riacho de desejo, se sou eu que não me deixo cicatrizar, recompôr a integridade da pele e do coração e das coronárias, finalmente sangue estanque feito coágulo cansado do talante.
Não sei se és tu que me manténs assim, em ferida aberta sangrante à tua espera, ainda rasto de seiva rubra em riacho de desejo, se sou eu que não me deixo cicatrizar, recompôr a integridade da pele e do coração e das coronárias, finalmente sangue estanque feito coágulo cansado do talante.
4 comments:
trabalhinho que isso passa.
ah que saudades!
You sweep me off my feet and blow me away with your writing!!
(P.S.: Hoje sou o meu alter ego inglês)
Thank you, honey. :) Comes from the heart through my fingers. :*
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