22.10.08

Desalinhamentos de planetas.

Eu tenho para mim que há quem passe por aqui e leve demasiado a peito aquilo que escrevo. São só palavras, a sério que são.

A culpa também é minha, sou uma incomodada: estranho o silêncio tanto quanto o barulho. Deixei de aceitar a normalidade (talvez porque, da falta de hábito, já não a reconheça).

Depois consulto o horóscopo da Elle, o único que acerta sempre apesar de eu não acreditar nessas coisas, visto que desisti de pensar em justificações plausíveis (não há nada que justifique nada disto, honestamente), então para nutrir o espírito acredito que nos surgiu a todos algo em que nunca pensáramos e que nos agrada em todos os sentidos ou que o fluir dos acontecimentos está a nosso favor, embora sempre nos tenhamos sentado no banco de trás, sem dar nas vistas.

(É que eu queria perceber, mas agora não tenho tempo.)

Nao há lógica possível em nada que me circunscreva ou me circunde. Aqui e acolá, a própria astrologia parece-me uma ciência exacta.

Bem mais exacta do que o amor, parece-me evidente.

Não é uma mulher de meio-termo: ou ama ou odeia. Detesta sentimentos mornos.

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