Não tenho tempo para coisas sérias.
Estou cansada de repetir esta frase, a toda a gente.
Não li esse livro
ou
Não vi esse filme
ou
Não soube dessa notícia.
Desculpo-me com um sorriso envergonhado
Ando sem tempo para coisas sérias, sabes, desculpa.
Oiço música porque levo-a a sério, claro que levo; mas ao mesmo tempo está aqui ao meu lado, em vez de estar à minha frente - não se insurge contra mim, mas por mim. Vou lendo a matéria para os exames. A vida vai passando por mim e eu por ela, tranquilamente.
Isto porque ando sem tempo.
...
Ando sem pachorra, quero eu dizer. E ando sem paciência para posts sérios. Só me saem parvoíces (vide post anterior). Na verdade, só me apetecem parvoíces.
E sorrisos parvos. E gelados lambuzados. E a minha mão na tua. E salmão com vinagre balsâmico. E mensagens inesperadas, imprevisíveis e queridas. E ouvir o melhor disco do ano esta semana. Ou o melhor disco de sempre esta semana. E dizer "é enorme". E coscuvilhar a vida das LA-celebs no cobrasnake. E dizer "boa cena". E os teus lábios nos meus. E deitar-me tarde. E raios de sol na cara e os olhos franzidos - todos os músculos da face contraídos - por causa da luminosidade. E sorrisos parvos.
Olha, apetece-me ser leve. Estupidamente leve para poder levantar vôo sem me cansar. Abrir os braços e
*zzzuuuuuuuuuuup*
É o que me apetece. De coisas sérias está o inferno cheio - o provérbio não é assim, mas também é assim que me apetece.
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