22.12.07

10 + 7 momentos do ano

1. Sair da quase-depressão, ou lá o que aquilo foi. Conseguir desfrutar outra vez, aproveitar cada instante - o que torna este "momento" o mais importante de todos, porque sem ele nenhum dos momentos seguintes teria tido valor.

2. Ter cada vez mais certeza que quero fazer anestesiologia para o resto da minha vida. Relacionado com isto: o fim de semana em que fiz os cursos do INEM, que me recordaram porquê e para quê tinha ido eu estudar medicina.

3. Vir à Madeira matar saudades dos meus irmãos - e o Verão, em que eu e o André, após o nosso primeiro mês de contínua convivência, nos passámos a reconhecer como irmãos.

4. Namorar com o não-namorado: primeiro a surpresa do beijo, das trocas de olhares, das primeiras dores de barriga, dos entusiasmos de adolescente na expectativa do reencontro, depois a familiarização com os braços na minha cintura, o perfume no seu pescoço que se transferia para o meu antebraço, a cumplicidade sempre crescente e aqueles abraços serem as melhores horas da semana.

5. As tardes no Noobai, de olhos postos no rio e na paisagem industrial da margem sul, a receber os primeiros raios de sol da Primavera.

6. As noites, os concertos, as ruas do Bairro Alto e as entradas em grande no Left, em Santos, e os amigos que me iam acompanhando: Jenny, Dário, Catarina, Joana, Filipa. Todos os outros que iam lá ter depois.

7. O regresso da Lúcia de Berlim: a confirmação que não há machado que mate a raíz ao pensamento nem distância que aniquile uma amizade a valer.

8. Por falar em Left: os sets de CIMENTO., um atrás do outro, um pouco por todo o lado.

9. Por falar em CIMENTO.: eles os três, claro, e a amizade com o Rodrigo ("SEXO." em vez de "olá" e qualquer dia tenho de matá-lo por ele saber demais) e com o Ilo, a única pessoa com quem falo sobre amor e romance ao mesmo tempo que discutimos cortes de cabelo. Conhecer a Sara, a Joana Vooa. Dançar com o Ramos.

10. Encontrar-se com o Luís por tudo e por nada.

11. Por falar em sets: Bailarico Sofisticado (um pouco por todo o lado também, mas sobretudo em Sines). Uma hora de banghra. Born Slippy. A lua e o nascer do Sol. Estar presente e, melhor ainda, fazer parte daquilo tudo (acordar pela manhã a ouvi-los discutir o alinhamento).

12. Por falar em Sines: o FMM e, mais uma vez, os concertos e a famiglia. Carlos Bica, Azul e o DJ Illvibe. Trilok Gurtu. Descobrir o prazer de dançar ao som de big bands (l'Etruria Criminale Banda, Bellowhead). A famiglia - a partilha, os abraços, a felicidade conjunta, os copos, as danças, os pequenos almoços nos Galegos com o Vítor, a praia, os problemas postos de lado naquela semana abençoada.

14. Ver os The National na Sala Apollo. Ir a Barcelona passar o fim de semana do meu aniversário. Ficar rouca por saber as canções de cor, ir ao backstage confraternizar, chorar com a About Today sem conseguir recompôr-se. Passear, comer croissants, as Ramblas, o Barrí Gotic, o Born, o Passeig de Gracía, a Barceloneta. Dançar com o Diplo no Razz. A Tânia, a Ana. Rencontrar o André e a Isabel.

15.A semana no Porto Santo, com a família emprestada e o Pedro, o amigo de todas as horas, para o resto da vida.

16. Voltar a ler mais e melhor. Começar a ver cinema a sério, com o leitor de dvd novo. Comprar revistas, montes de revistas sobre tudo e mais alguma coisa, e devorá-las.

17. Rir. Sempre, sempre, sempre. Chorar. Sempre que preciso: a ver Grey's Anatomy, por exemplo.

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