29.3.05

Domingo de Páscoa

Ao almoço, em volta de um cabrito, reúne-se a família. Conversas e sorrisos, regados com um vinho tinto de boa casta.
Cada um fala mais alto que o outro, todos têm histórias por contar, gargalhadas por dar. Porque quando chega o silêncio, ou quando um assunto morre, morre também o sorriso e os olhos ficam enublados e turvos.

Tão felizes e cada um carrega a sua cruz. Quando uma conversa é interompida, todos olham para o alto, suspiram, limpam a primeira lágrima. São acorridos pelos seus fantasmas, aqueles que eles andam a ignorar sistematicamente enquanto riem e falam com a família.

Que a Páscoa tenha servido para nos libertarmos da nossas cruzes e proporcionado a nossa renovação. Porque todos nós podemos ressuscitar ao terceiro dia, basta termos vontade.

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