14.8.05

Sudoeste

Saio de casa com ar dentro do peito, o queixo erguido, o olhar posto nas promessas a mim mesma. Oiço The Kills enquanto atravesso a rua, na praia abano a ancas ao som dos Wraygunn, dou pulos de alegria a cantar Humanos, rio com os Mäximo Park e choro com o Devendra Banhart, danço com os LCD Soundsystem até às seis de manhã, bebo mais uma Super Bock enquanto comemoro a vida.

Isto para dizer que o Sudoeste foi muito bom e que os assaltantes podem ter levado as fotografias mas as memórias dos bons concertos e dos bons amigos ficam sempre e não há assaltante que os leve. para lado nenhum.

Claro que eu podia estar aqui a me queixar da vida e da (falta de) segurança e da minha ingenuidade e dos duches e pias em número reduzido e das tendas amontoadas umas sobre as outras, mas é verdade é que isso não vai trazer a minha mochila de volta, não é?

Por isso, enquanto vou contando o meu incidente em tom dramático a mais uma das milhentas pessoas, sorrio por dentro e penso que o Sudoeste foi das coisas mais giras a que já fui.

Apesar de tudo.


Vai uma sandes de atum em pão de forma?

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