Não te consigo tirar da cabeça.
Não digas isso.
Mas não consigo, o que é que queres que faça?
Não digas isso, Joana.
Porquê?
Pára com isso.
Pára de me dar ordens.
Não o estou a fazer.
Tens saudades minhas?
O que é que achas?
Sei lá, se soubesse não te perguntava.
Pára com isso.
‘Tás-me a dar ordens outra vez.
…
Hoje estás impossível.
‘Tou nada.
Tens vontade de estar comigo?
Tenho vontade de apanhar um avião e ir a Lisboa, se é isso que queres saber.
É mais ou menos isso que quero saber, sim.
Só não sei fazer o quê.
Não?
Não, mas tu deves saber. Sabes sempre tudo.
Mas desta vez não sei. Estar comigo, suponho.
Depois apanho outro avião e voltamos a estar longe.
Não que estejas apaixonado.
O teu ouvido está melhor?
Está. Não mudes de assunto.
O que é que estar apaixonado tem a ver com isso?
Tem a ver que só custa estar longe da pessoa por quem se está apaixonado.
Não é bem assim.
Vês, não estás apaixonado.
E tu, estás?
Estamos a falar de ti.
Eu sei.
E então?
Então que gosto muito da Joana que está na Madeira.
Que Joana é essa?
És tu.
Mas eu não estou na Madeira.
Pois não.
Portanto não gostas desta Joana que está a falar contigo ao telefone.
Não, dessa Joana tenho saudades.
Hoje estás impossível.
E tu repetitiva.
Não te consigo tirar da cabeça.
Nem eu.
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