Penso em ti e vêm-me à cabeças as coisas que te queria dizer mas que me ficaram entaladas na garganta como espinhas de peixe.
Lembro-me que a luz entrava grandiosamente pela janela, enchia a sala de uma Primavera inusitada, nós conversávamos enquanto olhávamos sem ver para a televisão, que transmitia um jogo da Liga Inglesa, recordávamos juntos a noite em que nos tínhamos conhecido e todas as outras que vieram a seguir. E apeteceu-me tanto te dizer coisas bonitas para que nunca mais me esquecesses mas o teu entusiasmo sobrepunha-se ao meu medo de falar, por isso ouvi-te embevecida sem te interromper e ficou tanto por dizer.
Agora tenho medo que me esqueças, que a rapariga (mulher?) de vestido castanho tenha menos medo do que eu e te diga as coisas bonitas que eu gostava de ter dito.
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