29.7.06

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Ouvir a tua voz depois de todos estes anos e ela ter a mesma doçura enquanto me convidas para um café. Encontrar-te agora (hoje!) e estares na mesma.

O teu sorriso aberto por me ver, "Ao tempo!", abraçarmos-nos como nunca, conversarmos como se apenas ontem não nos tivéssemos visto, como se este tempo em branco tivesse apenas durado aqueles dias que duram anos quando se está apaixonado.

Eu com a esperança que sejas tu, eu com a certeza que ainda és tu quem me completa, eu julgando que quando nos víssemos acabariam os receios e as perguntas.

Eu concentrada em ti enquanto te olho nos olhos para perceber se também gostas, se também queres, se também sentes.

Tu a afastares-te suavemente dos meus braços, a dar um passo ao lado

[e eu com a cabeça - e o coração - num beijo]

a apontares para uma mulher com um carrinho de bebé.

Os meus braços como pêndulos alinhados, a consciência que é um túnel em espiral por onde entro, primeiro a cabeça, depois o tronco, só então as pernas, o corpo ganhando o peso de elefantes para depois ficar leve como uma pluma, uma cegueira breve, os ouvidos que - por mais que me esforce- ainda te ouvem

"Aquela é a minha mulher e o meu filho."

[Nota para mim mesma: texto obviamente a precisar de polimento.]

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