Há um ano que esperava, planeava, ansiava por Sines. Foi há um ano que lá fui, num assomo de irresponsabilidade misturado com vontade de ouvir o Toumani Diabaté e bem temperado com uma paixoneta que por lá andava e foi há um ano que, no regresso, jurei a mim mesma estar todos os dias do festival este ano.
Fiquei de férias na sexta-feira passada, dia 20. O festival começou neste dia, em Porto Côvo, mas eu ainda não estava lá. Apenas dia 23 me pus a caminho, no carro do Bruno e, diga-se, até então me sentia tão em férias como uma formiga a recolher mantimentos. Nada de férias, portanto.
Quando chegámos, depois de uma série de coisas triviais e com pouca importância (se bem que a salinha da casa da dona Fernanda, onde ficaram alguns de nós, mereça um especial destaque por tão antiquada e kitsch que era), fomos logo para a praia e só aí, só ao pisar a areia da praia de Sines, me senti verdadeiramente de férias.
E foi assim que começou umas das melhores semanas da minha vida, na praia a beber um UCAL enquanto todos bebiam cerveja, a ouvir aquele que terminaria, vários dias depois, o set dos Bailarico Sofisticado no encerramento do festival - o Bob Marley, junto a várias pessoas - uns que chamava amigos, outros com quem me tinha cruzado uma ou duas vezes, outros ainda que até então eram nem uma coisa nem outra, nem peixe nem carne.
Continua.
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