21.5.08

"It's called the land of permanent bliss, what's a sweetheart like you doing in a dump like this?"

Só para concluir esta série de posts "o meu pai é o maior e eu não seria nada do que sou se não tivesse ouvido com ele os melhores músicos-poetas do mundo", o meu pai pôs ver o Bob Dylan de parte com a expressão "deve estar tão acabado que vê-lo é uma questão de dizer que se esteve lá". Eu estive lá, em 2004, e realmente foi isso. Há certas lendas que, mesmo em vida, devem manter-se lendárias, protegidas pelas memórias que não são as nossas e pelas gravações de má qualidade de excelentes concertos há muitos anos atrás. Lembro-me que a desilusão foi tal que não ouvi disco nenhum dele durante largos meses após o concerto (e estava na Madeira, com os discos do meu pai à disposição) - e, depois disso, aprendi a não criar muitas expectativas, sobretudo quando se trata de um concerto de alguém velho e/ou drogado.

Talvez por causa dessa lição não tenho medo de me desiludir com o Cohen ou o Young, e de certeza que quero manter-me longe do Alive no dia do Bob Dylan.

Este post cita a "Sweetheart like you" do Infidels, o anterior cita "Famous Blue Raincoat" do Songs of Love and Hate do Leonard Cohen e o primeiro "Harvest Moon" do Harvest do Neil Young. O Infidels já é dos anos 80 e anda pela minha casa sob a forma de um disco compacto, os outros dois existiam em vinil, com cópias em K7 para andarem no carro, mas ninguém lhes sabe do paradeiro desde há algum tempo.

1 comment:

Anonymous said...

Coisa rara, pura poesia como a de Leonard Cohen ...