Só para concluir esta série de posts "o meu pai é o maior e eu não seria nada do que sou se não tivesse ouvido com ele os melhores músicos-poetas do mundo", o meu pai pôs ver o Bob Dylan de parte com a expressão "deve estar tão acabado que vê-lo é uma questão de dizer que se esteve lá". Eu estive lá, em 2004, e realmente foi isso. Há certas lendas que, mesmo em vida, devem manter-se lendárias, protegidas pelas memórias que não são as nossas e pelas gravações de má qualidade de excelentes concertos há muitos anos atrás. Lembro-me que a desilusão foi tal que não ouvi disco nenhum dele durante largos meses após o concerto (e estava na Madeira, com os discos do meu pai à disposição) - e, depois disso, aprendi a não criar muitas expectativas, sobretudo quando se trata de um concerto de alguém velho e/ou drogado.
Talvez por causa dessa lição não tenho medo de me desiludir com o Cohen ou o Young, e de certeza que quero manter-me longe do Alive no dia do Bob Dylan.
Este post cita a "Sweetheart like you" do Infidels, o anterior cita "Famous Blue Raincoat" do Songs of Love and Hate do Leonard Cohen e o primeiro "Harvest Moon" do Harvest do Neil Young. O Infidels já é dos anos 80 e anda pela minha casa sob a forma de um disco compacto, os outros dois existiam em vinil, com cópias em K7 para andarem no carro, mas ninguém lhes sabe do paradeiro desde há algum tempo.
Talvez por causa dessa lição não tenho medo de me desiludir com o Cohen ou o Young, e de certeza que quero manter-me longe do Alive no dia do Bob Dylan.
Este post cita a "Sweetheart like you" do Infidels, o anterior cita "Famous Blue Raincoat" do Songs of Love and Hate do Leonard Cohen e o primeiro "Harvest Moon" do Harvest do Neil Young. O Infidels já é dos anos 80 e anda pela minha casa sob a forma de um disco compacto, os outros dois existiam em vinil, com cópias em K7 para andarem no carro, mas ninguém lhes sabe do paradeiro desde há algum tempo.
1 comment:
Coisa rara, pura poesia como a de Leonard Cohen ...
Post a Comment