A história merecia mais, o Hugh Jackman merecia mais, a Scarlett Johansson talvez não mereça tanto.
Mas vão ver, em termos de gargalhadas descomprometidas, o filme é um sucesso - e é do Woody Allen, só não é uma obra-prima. Falta-lhe um twist qualquer no enredo. Falta sarcasmo aos acontecimentos. Falta aquele humor negro, que o Match Point teve (o anel que podia cair no rio ou no chão, tal como a bola num jogo de ténis.) Não há ali nada disso. Há até uma história bem clara, demasiado clara, arriscaria mesmo a usar o termo previsível.
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Sempre são duas horinhas bem passadas no cinema - e na companhia dele.
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Peço-vos que reparem na cana do nariz deste senhor. Rectilínea, afilada, ligiramente inclinada para baixo (cada uma gosta do que gosta, a mim são narizes, que hei-de fazer?). O nariz mais perfeito que tive oportunidade de observar. A cara, magra, que se desdobra em rugas expressivas quando sorri, a testa grande, imediatamente cima de uns olhos sinceramente castanhos e vivaços. E é o Hugh Jackman que faz com que a melhor cena do filme seja exactamente a melhor cena do filme - para não falar do efeito de pólos, ainda por cima verdes, no meu coração fraquito:
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