Gostava de te pedir em casamento para que ficasses a olhar para mim com essa cara entre o terror, o descrédito e o gozo. Que me respondesses não e depois ríssemos juntos. Ou então que fugisses de mim a sete pés e me achasses doida. Ou me dissesses, peremptoriamente
eu nunca me hei-de casar
para depois eu poder pedir-te em casamento mesmo quando só quisesse comer um gelado.
Pedir-te-ia em casamento vezes sem conta, hoje, amanhã e daqui a um mês, e, se ainda estivéssemos juntos daqui a um ano, também o faria. Pedir-te-ia em casamento no metro, na praia, num miradouro, num restaurante, na cama ou na cozinha. Pedir-te ia em casamento de pé, sentada, deitada, de joelhos ou a fazer o pino.
É que eu também não quero casar contigo, sabes?
Gostava de te pedir em casamento porque seria a minha maneira atabalhoada de te dizer que gosto de ti.
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